resenha

Jardim das Mandalas – Escala

22 jun 2015
Informações

o jardim das mandalas

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escala

série ---

112 páginas | 2015

3.25

Design 3

História 3.5

L

Um caminho de cores para encontrar seu próprio centro!

Ao colorir livremente as mandalas desse livro, você estará estimulando áreas cerebrais ligadas à motricidade, aos sentidos e à criatividade, além de garantir comprovados efeitos antiestresse ao oferecer momentos de relaxamento ao cérebro, já tão atordoado pelas inúmeras decisões do dia a dia.

Para completar, indicamos as melhores cores para pintá-las quando o objetivo é, ainda ativar energias para o campo dos relacionamentos, da saúde, dos negócios ou simplesmente para trazer mais harmonia a sua vida.

Inspire-se!

Design

Desde o lançamento e absurdo sucesso de Jardim Secreto, lançado pela Sextante, o mercado foi I-NUN-DA-DO de diversas versões de livros para colorir. As bancas de jornais e as livrarias tem livros de todos os tamanhos, para todos os gostos e bolsos. Mas é preciso dizer que nem todos tem uma real preocupação em entregar um bom material para colorir.

Jardim das Mandalas é um misto de material bom/ruim, fica ali no meio termo. As dimensões do “livro” são boas, mais quadradas, como Jardim Secreto, mas a escolha de papel não foi muito feliz. Sofri na utilização de alguns materiais de pintura, e se o propósito é para desestressar… A lombada também é muito justa e é bem difícil de “arreganhar” o livro para alcançar o meio por causa da força da cola. Se eu tivesse escolhido uma ilustração que precisasse colorir páginas duplas provavelmente sofreria (mais) um pouco.

Outra coisa que fiquei um pouco decepcionada é que o livro não é assinado por ninguém. Não é um ilustrador que criou todos os desenhos das mandalas, mas são imagens compradas em um stockphotos da vida. A seleção é boa, mas acho que fiquei mal acostumada com a ideia de colorir a arte de “uma pessoa específica” e não várias artes de artistas anônimos.


História

Não sei se vocês viram, mas eu fiz uma resenha de Jardim Secreto (Johanna Basford) que, até o momento, é uma das mais acessadas do blog. Inclusive, uma das minhas imagens já foi usada em vários posts pela interwebs sem crédito algum para o Parafraseando… mas né, tá no Google, é de qualquer um… ¯\_(ツ)_/¯

Independente disso, tive pessoas perguntando como fiz para colorir, que materiais usei, como faz degradê… Essa interação foi divertida. ^.^ E serviu também para que a editora Escala entrasse em contato com o blog para enviar para avaliação seu primeiro lançamento da nova onde de colorir: Jardim de Mandalas.

Chegaram três exemplares aqui em casa (dois já foram devidamente sorteados) e peguei um deles para colorir. A primeira coisa a se fazer com um livro novo do gênero é folhear todas as páginas e curtir as ilustrações. Afinal, você precisa escolher aquela que vai ser sua primeira, a que vai marcar o início da sua dedicação ao projeto de colorir.

Jardim das Mandalas

Esse é um momento meio “mágico”, sabem? É quando o desenho vai te dizer que cores “ele” quer, que você visualiza como gostaria que fosse o resultado final. Mesmo que depois, quando terminar tudo, ele acabe sendo um pouco diferente do que se esperava.

Originalmente eu queria fazer uma paleta mais fria e azulada para a mandala que escolhi, mas acabei inserindo um amarelo e um vermelho-rubi que esquentaram bastante minha ideia inicial. Por isso comentei das surpresas que as cores acabam reservando para gente. Uma referência visual que eu queria e de certa forma usei para a combinação foi a daqueles vitrais de igrejas bizantinas.

jardim-mandalas_02 jardim-mandalas_03

Como em Jardim Secreto, peguei meus lápis de cor aquarelável da Faber Castell. Tive uma impressão inicial, antes de começar a pintar, que seria uma boa escolha, mas olha… penei um pouco. Eu tenho uma preferência particular por resultados mais brilhantes e homogêneos da cor. Não gosto muito de pintar “fraquinho” ou “levinho”, gosto que as cores saltem e tenham presença e vida no desenho. E o papel de Jardim das Mandalas não ajuda muito quando se usa um pigmento tão macio como o dos lápis aquareláveis.

Por mais que eu sobrepusesse a cor, eu não conseguia alcançar o efeito visual que eu esperava, ao mesmo tempo que a sobreposição “consumia” o papel e ele começava a esfarelar. Sabem quando você usa uma borracha muito abrasiva e ela começa a comer o papel até furar? Era o que estava acontecendo com o aquarelável no papel! =/

jardim-mandalas_04 jardim-mandalas_05

Passei a fazer testes de sobreposição de outros materiais que eu tinha em casa, para tentar atingir o brilho que eu queria como resultado. Isso significa que eu coloquei, além do lápis aquarelável, giz de cera, giz pastel seco, giz pastel oleoso, canetas hidrocor stabilo… Acredito que nas fotos o resultado final ficou muito mais bonito do que “ao vivo”, mas eu posso estar sendo muito exigente e crítica comigo mesma.

jardim-mandalas_06

Uma coisa que eu pensei em fazer originalmente, mas acabei desistindo, era um fundo preto para que a mandala realmente “pulasse” e se sobressaísse ainda mais. Mas estava um pouco frustrada com o papel e teria que fazer um mega sujeira com o giz pastel seco, que era o único que eu consegui ter o efeito de cor fechada e uniforme que eu queria.

Com a forma e a força que tive que colorir a ilustração acabei percebendo que a imagem do verso transferiu um pouco do traço. Sabem quando a gente faz “papel carbono” para copiar um desenho em outro papel. Foi quase isso que aconteceu.

Por causa dessa experiência com os materiais, escolhi outra ilustração para poder testar o que se saía melhor com o papel do livro.

jardim-mandalas_07

Fiz minha seleção de cores para essa ilustração aí da imagem, que parecia uma textura de flores, e separei alguns dos materiais que tenho aqui em casa. Na ordem da foto: 1) lápis de cor polychromos pigmento seco da Faber Castell (é o lápis de “cor comum”); 2) lápis de cor pastel seco da Koh-I-Noor; 3) lápis de cor aquarelável da Faber Castell; 4) giz de cera da Maped; 5) (que não está na foto) canetas hidrocor ponta 88 Stabilo. Decidi testar a Stabilo depois que comecei a colorir, e fiquei com preguiça de tirara a foto de novo. :P

jardim-mandalas_09

Aqui nessa foto tem os cinco materiais utilizados, um em cada fileira de flor. Meu veredito final é que os lápis que tem um pigmento mais seco funcionam melhor no papel. Minha ordem de preferência é o polychromos, pastel seco, hidrocor, aquarelável e giz de cera.

Na imagem a ordem dos materiais em cada linha colorida é a seguinte: 1) polychromos; 2) giz de cera; 3) aquarelável; 4) pastel seco; e 5) hidrocor.

Vale um aviso de que o papel não recebe bem a hidrocor, uma vez que ultrapassa para a ilustração do verso, então, se você quiser usar canetinhas, saiba que vai “perder” o desenho de trás.

jardim-mandalas_08

Por mais que a experiência inicial com Jardim das Mandalas não tenha sido tão amigável quanto com Jardim Secreto, o ato de colorir sempre me ajuda a entrar em foco e dar uma “apagada” no mundo exterior. Se você tiver materiais mais secos para colorir à mão, as ilustrações vão provavelmente te agradar e ser mais uma fonte de distração e tranquilidade.


Até a próxima! o/

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1 comentário

  • Responder Suzana 25 fev 2016 at 02:05

    Amei os desenhos do livro, uma pena mesmo é o tipo de papel do Jardim das Mandalas, lápis comum da FaberCastell não alcança um resultado de cor satisfatório por não aderir bem no tipo do papel. Tive o mesmo problema que a colega na hora de colorir. Mas consegui aproveitar de certa forma.

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