resenha

Vermelho como o Sangue – Salla Simukka

11 fev 2015
Informações

vermelho como o sangue

salla simukka

novo conceito

série trilogia branca de neve

240 páginas | 2014

2

Design 3.5

História 0.5

No congelante inverno do Ártico, Lumikki Andersson encontra uma incrível quantidade de notas manchadas de vermelho, ainda úmidas, penduradas para secar no laboratório de fotografia da escola. Cédulas respingadas de sangue.

Aos 17 anos, Lumikki vive sozinha, longe de seus pais e do passado que deixou para trás. Em uma conceituada escola de arte, ela se concentra nos estudos, alheia aos flashes, à fofoca e às festinhas dominadas pelos garotos e garotas perfeitos.

Depois que se envolve sem querer no caso das cédulas sujas de sangue, Lumikki é arrastada por um turbilhão de eventos. Eventos que se mostram cada vez mais ameaçadores quando as provas apontam para policiais corruptos e para um traficante perigoso, conhecido pela brutalidade com que conduz os seus negócios.

Lumikki perde o controle sobre o mundo em que vive e descobre que esteve cega diante das forças que a puxavam para o fundo. Ela descobre também que o tempo está se esgotando. Quando o sangue mancha a neve, talvez seja tarde demais para salvar seus amigos. Ou a si mesma.

design

A culpa de eu ter pegado Vermelho como o Sangue para ler é totalmente dessa capa mega-über-linda-super impactante (dela e da pequena quantidade de páginas, preciso confessar). Mas a foto da menina em alto contraste, esse borrifo de cor vermelha simulando sangue, as fontes sans-serif em caixa alta gritando modernidade foram bem impressionantes e contaram muito para eu escolher o livro. E essa é a prova de que a capa vende pessoas (pelo menos para mim XD)!

Se fosse só pela capa, eu já dava uma nota bem maior para o projeto gráfico, mas algumas coisinhas foram tirando pontos do total. Na lombada não tem o número do volume, e na quarta-capa já diz que é uma trilogia, seria bem legal se o layout ajudasse o leitor a organizar na estante.

A quarta-capa tinha tudo para ser tão bonita quanto a capa em si, mas ela tem três fontes completamente diferentes e que não constroem um visual harmônico. Não custava nada usar a mesma da capa para criar as áreas de destaque, uma vez que a sinopse foi montada com a mesma família do miolo.

O miolo em si é bom. Tem uma boa mancha gráfica e boa ocupação da página, mas como muitos livros da Novo Conceito, a fonte do texto é muito grande e acaba ficando com poucas linhas por página. Às vezes fico com a impressão que isso é um artifício para aumentar a quantidade total de páginas do livro, mas “eu não sei de nada”. Ele tem cabeçalho e rodapé elegantes e com um posicionamento adequado em relação as margens do papel e da mancha gráfica.


história

Desculpa, Pessoas, mas não está dando. Neste momento cheguei na página 108 e o livro não me envolveu e não pretendo perder mais tempo com as 100+ páginas que ainda faltam. Então essa é uma resenha de “porque abandonei o livro”. u.u

Tenho também que parar de não ler as sinopses dos livros e só ir na capa e no hype. Se eu tivesse me preocupado e realmente lido a sinopse muito provavelmente não teria escolhido Vermelho como o Sangue como leitura.

House not going to like you

Quando comecei a ler e percebi que a história não tinha nada a ver com a fantasia urbana que eu estava esperando, muito menos com uma recriação moderna da história da Branca de Neve, tentei dar uma chance. Podia ser que eu estivesse lendo a Lisbeth Salander dos YA. Só que não funcionou.

Para quem não leu os livros da série Millenium (tudo bem que eu só li o primeiro até agora) a história começa muuuuuito lenta, e só quase na metade que pega um ritmo realmente envolvente e interessante. Por isso, dei essa chance tão longa para Salla Simukka. Como a autora também é lá das “europas geladas” (mais conhecida por “países escandinavos”) achei que podia ser um estilo meio cultural, esse tipo de construção da história, sabem? Lerdo no começo, tapa na cara do meio para o final.

Li quase metade do livro e achei que o mistério não é interessante, Lumikki não é interessante, o que parece ser seu passado problemático também é qualquer coisa, os personagens secundários não empolgam… É uma sequência de “não me importos” que não ajuda em nada o leitor a criar um vínculo com os personagens/a história.  Lumikki parece ser só uma espectadora da vida, e passa pela borda de tudo, então não tem como isso, tratado como foi pela autora, criar qualquer interesse para mim.

Mas Vermelho como o Sangue não conseguiu me conquistar como Os Homens que não Amavam as Mulheres. Lumikki é sem graça, sem sal e fria como o inverno da Finlândia. Não conseguiu me envolver, nem gerar qualquer interesse por sua vida. Além disso a narrativa é fragmentada, mostrando coisas que acontecem próximo à Lumikki ao mesmo tempo que mostra outras de uma história aparentemente paralela.

Assim, tenho muita coisa para ler. A própria Novo Conceito sempre envia vários livros para os parceiros, então não vejo porque continuar insistindo e perdendo meu tempo com uma história que não funciona para mim, né? =/ Tudo bem que estou com um sentimento de culpa por não ter terminado batendo aqui, mas vamos ser práticos na vida, certo?

Só dei 0.5 para o livro porque a autora escreveu e isso por si só merece ser valorizado. Vamos para a próxima leitura!


Até a próxima! o/

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