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[bate-papo] literatura ao nosso alcance

22 mar 2013

3_projeto_beletristas

Na minha terceira participação no Projeto Beletristas o tema a ser debatido é o preço dos livros físicos e o advento dos e-books no Brasil.

Esta é uma questão complicada. Desde que comecei a trabalhar e ter meu próprio dinheiro comprar livros passou a ser uma constante para mim. Inicialmente eu tinha uma preocupação de pesquisar os melhores preços, mas hoje em dia é uma questão crucial: o preço tem que caber no meu bolso, ou ser um valor que eu esteja disposta a pagar (que anda girando entre R$30-R$35 em um lançamento #mustHave).

Tanto até que evito comprar livros em pré-venda ou lançamentos, para não ter aquela “síndrome do lançamento”. Sabem, quando você acabou de comprar aquele livro que estava aguardando e um mês depois vem um Submarino da vida e coloca pela metade do preço. Eu já passei por isso e dá uma certa aflição.

É preciso lembrar que apesar da difusão da leitura e do aumento do consumo, livros não são produtos baratos. Principalmente os exemplares de algumas editoras (Rocco, iD e até a Galera Record) e alguns autores (Stephen King, Diana Gabaldon, etc.). Os livros da iD inclusive são bem difíceis de se encontrar e eu nunca vi para venda nas lojas online.

Aí você vem e me diz “Mas Samara, agora tem os e-books e os e-readers, vai ser bem mais fácil consumir os livros”. Bem, sim e não. Para mim existem vantagens e desvantagens no livro digital. Desvantagem obviamente ainda é o preço tanto dos livros quanto dos e-readers. Entendam uma coisa, ler no computador é uma das piores experiências que se pode ter de qualidade de leitura. Queima a retina, seus olhos ficam ardendo e ressecados, dói a coluna e o bumbum. Ou seja, o ideal para desfrutar um e-book é ter um e-reader.

Portanto você tem um investimento inicial em um bom aparelho ou em uma tablet. Depois, e-books não são tão baratos assim. Se o lance é o difundir o acesso digital da leitura, como se pode ter um lançamento físico a R$29,90 e o lançamento digital a $24,90? Não faz sentido para mim.

Okei, não entendo nada de comercialização, impostos, lucros, custo de divulgação. Mas entendo o quanto isso ainda pesa no meu bolso. Minhas “compras” de e-books se limitam aos livros gratuitos da Amazon, e livros estrangeiros com preço até R$2,00. Se for bundle (aquelas coleções de mais de um livro de uma mesma série) então, ainda melhor.

Pode parecer que estou sendo “mão de vaca” não querendo pagar pelo livro digital o preço do livro físico. Mas pensem comigo: por que vou gastar o preço de livro físico em um e-book que não vai me dar todos os prazeres sensoriais que o primeiro proporciona? Eu quero pagar pelos livros que consumo! A pirataria digital de livros existe e tá bombando por aí no Facebook e em grupos de sites, mas eu não vou consumir este tipo de material. Eu quero que de alguma forma o autor saiba que eu estou aqui incentivando que ele continue com o bom trabalho, produzindo bons livros.

No fim o que fica é que o mercado ainda está engatinhando neste novo modelo digital, acredito que ainda há muita coisa a ser melhorada nos preços e no acesso aos livros. Mas se isso fizer com que mais pessoas se interessem pela leitura e pelas viagens que um livro proporciona, seja ele físico ou digital, melhor para toda a sociedade e para a cultura.

E você, leitor do blog, acha que esta renovação tecnológica faz o livro ficar mais ao alcance do leitor?

Você pode conferir a opinião das outras participantes da postagem visitando os seus blogs! [ssredlist]

[/ssredlist] Até a próxima! o/

obs: A Camille sempre me faz escrever posts gigantes e quebrar a cabeça com os temas. Qualquer coisa coloquem a culpa nela! XD

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